Na manhã de 21 julho, o 7º Mutirão de Comunição começou com Painel “Jovens, novas comunidades e redes sociais”. O objetivo foi refletir as novas configurações das relações sociais, o lugar dos jovens na construção da sociabilidade contemporânea e o futuro da comunicação.
A mesa foi mediada pelo Cônego Djalma Rodrigues de Andrade, Reitor da Igreja do Sagrado Coração de Jesus, na PUC-Rio. A primeira conferencista foi a professora do Departamento de Sociologia e Política da PUC-Rio, Santuza Neves, que descatou o compartilhamento de informações na internet.
Ela falou sobre a democratização e otimização das músicas, em que pela internet, cada um escolhe o que vai ouvir. Porém, a professora alertou que o acesso fácil as músicas causa um certo individualismo.
- Hoje as pessoas escutam os Ipods no ônibus, nas ruas e até nas escolas e faculdades. Muitas vezes perdem a sociabilidade e a oportunidade de conversa com o outro para ouvir o som, afirmou.
Em seguida, a cientista social da Universidade Cândido Mendes, Silvia Ramos, indicou índices de violência no país. Ela afirmou que o Brasil é o sexto país mais violento do mundo. E que, a cada ano, 50 mil pessoas são assassinadas, especialmente jovens entre 15 e 24 anos.
- Na Cidade do Rio existem padrões de diversos países diferentes. Cada bairro tem uma taxa diferente de violência, falou.
- Na Cidade do Rio existem padrões de diversos países diferentes. Cada bairro tem uma taxa diferente de violência, falou.
Depois foi a vez do consultor educacional Ricardo Chagas explanar para os participantes. De forma interativa, com enquetes, videos e jogos, ele expôs os perigos que o mundo virtual oferece para as crianças da geração Y.
- Os pais dão para seus filhos jogos de videogame achando que estão proporcionando entretenimento e não entendem que a criança pode ter manipulação de cenas de sexo, e violência. Estamos perdendo nossos filhos para os meios de comunicação, destacou.
Já Adriana Braga, professora do Departamento de Comunicação Social da PUC-Rio, começou seu discurso dizendo que nenhuma tecnologia é neutra e que suas funções resultam em suas formas. Segundo ela, a mudança tecnológica não é aditiva, nem subtrativa e sim ecológica.
- No espaço virtual cria-se um mundo sociológico ideal, onde todos se consideram iguais e isso só pode ser destruído em por assuntos de resoluções imediatas e temas que tendem a terminar em briga, disse.
A professora disse ainda, que é preciso entender os usos da internet para explorar as formas em que este ambiente virtual se organiza. Para ela, a internet, apesar de ser multimídia, ainda é uma mídia baseada em texto.
- O modo como o texto é escrito pode gerar conflito de interpretação, onde falar de modo formal pode ser interpretado como arrogância, alertou.
Após um pequeno intervalo, foi aberto o espaço para as perguntas. Ao meio dia, todos pararam para rezar o Ângelus que foi transmitido pela Rádio Catedral diretamento do Santuário do Cristo Redentor.
Fonte: www.muticom.com
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